Se você tentar percebê-la, não vai encontrá-la.
Ela sempre esteve ali de uma forma quase ausente.
Fria como as fases da lua, sem que o sol pudesse
tocá-la em seus dias mais quentes.
Se você escutar, talvez a ouça sorrir ou gritar
em um tom quase mudo.
Ela muda.
Quase sempre, durante o dia ou agora.
Os dias não passam despercebidos para quem
a vê de fora.
E o tempo... ficou sem sentido.
Quantos quilos ela já perdeu?
Quantos cigarros deixou para depois?
Quantas máscaras usou e o quanto
de si ocultou?
Se ela se apaixona, é mentira.
Se ela diz que perdeu a noite, é verdade.
Se ela diz que o mundo dá voltas...
Talvez você a entenda melhor de longe
do que aqueles que estão por perto.
Se você sumir, não importa.
Se ela some, não volta.
Se seu poder é grande, só ela não sabe,
porque, se acreditar, vai embora.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Boa Sorte
Desejo boa sorte
e um pedido de morte
Desejo apenas
dormir e acordar curada
sem memória
sem saudade enraizada
da história que passa
Mas volto a sentir
quero a morte simples
sem volta
sem precisar me despedir
Eu só peço por favor a morte
do que insiste em viver aqui dentro
e peço sorte
para que jamais volte
que voe longe com o vento
Desejo o silêncio eterno
o fim da respiração de tudo
seja no céu ou no inferno
desejo toda a sorte do mundo
Quero a sorte infinita
e a morte natural
somente do que for renascer
Quero me livrar de sentimentos parasitas
com o poder da eutanásia sem doer
Eu almejo por agora
sorte plena
de dentro para fora
morte amena sem demora
Matar de vez o que eu sinto
E sim ser imediatista
Matar os personagens
cenas falsas
pseudo-artistas
Matar aquilo que vive ausente
o passado
o presente
Matar de verdade
a vontade
a mania
a saudade
os erros
Boa sorte e bom dia
quando eu acordar curada no enterro
e um pedido de morte
Desejo apenas
dormir e acordar curada
sem memória
sem saudade enraizada
da história que passa
Mas volto a sentir
quero a morte simples
sem volta
sem precisar me despedir
Eu só peço por favor a morte
do que insiste em viver aqui dentro
e peço sorte
para que jamais volte
que voe longe com o vento
Desejo o silêncio eterno
o fim da respiração de tudo
seja no céu ou no inferno
desejo toda a sorte do mundo
Quero a sorte infinita
e a morte natural
somente do que for renascer
Quero me livrar de sentimentos parasitas
com o poder da eutanásia sem doer
Eu almejo por agora
sorte plena
de dentro para fora
morte amena sem demora
Matar de vez o que eu sinto
E sim ser imediatista
Matar os personagens
cenas falsas
pseudo-artistas
Matar aquilo que vive ausente
o passado
o presente
Matar de verdade
a vontade
a mania
a saudade
os erros
Boa sorte e bom dia
quando eu acordar curada no enterro
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